A estrelinha - Conto
Contos são um gênero literário bastante conhecido. Muito comuns no universo infantil, eles são narrativas que possuem poucas personagens, cenário e tempo bem definidos e costumam retratar animais e seres inanimados com características humanas.
Há algum tempo, escrevi a pequena estória a seguir. Minha ideia foi, mais uma vez, fomentar a imaginação do leitor a fim que crie possíveis finais. Por isso, conto com sua colaboração deixando nos comentários um possível desfecho para este escrito.
Quem sabe não posto um próximo capítulo...
Imagem retirada de: <https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/447797-cometa-caindo-rapido> acesso em 29 de Junho de 2020
Há alguns anos, aqui mesmo, nesta galáxia, surgiu um pequeno cometa. Ele até era veloz, mas não tanto quanto alguns de seu colegas e, ao contrário do que muitos pensam, cometas têm, sim, emoções e sentimentos, bem como todos os astros.
A cabeça dele era cheia de planos, sonhos e curiosidade! Seu objetivo era se tornar o melhor cometa possível. Queria passar pelo céu, crescer, se aprimorar e cumprir sua jornada até algum lugar da Terra ou de outro planeta próximo. Um dia, em seu caminho pelo espaço, este cometinha passou por uma estrela. Ele ficou estático, impressionado, atônito! Era a estrela mais incrível pela qual ele já tinha passado. Em um piscar de olhos, todas as qualidades dele pareceram se esvairar, pelo menos em sua cabeça, e então, todo desajeitado, o pequeno se aproximou vagarosamente da estrelinha. Ela era mais velha do que ele, já que cometas são passageiros e estrelas não são, mas, com toda a sua delicadeza, a estrelinha também se aproximou dele e eles, então, conversaram por um longo tempo. Não tão longo, mas, na cabeça do cometinha, cada segundo ficou eternizado com muito carinho.Era como se ele já a tivesse visto antes. Para ele, ela era a estrela mais brilhante desta galáxia, a mais carismática e, mesmo não sendo, talvez, uma estrela perfeita, para o cometa ela era, sim.
O tempo passou e o pequeno astro seguiu seu caminho, sem voltar a encontrar aquele corpo celeste de quem tanto gostara. Entretanto ele nunca se esqueceu dela e agora, além de tudo o que passava por sua agitada mente, ele tinha outro almejo: reencontrar a estrelinha. Ele, agora, tinha crescido, amadurecido, passado por algumas outras estrelas e vivido diversas experiências, umas boas e outras não tão boas assim. Ela também tinha crescido, ficado mais velha, mais experiente e conhecido astros novos, mas sua essência fora mantida. Sua simpatia singular, seu conteúdo que ia muito além do brilho externo, mas dizia respeito ao seu interior, e seu carisma continuavam lá. O cometa, ainda todo envergonhado, e agora também atrapalhado pela distância e pelo tempo, se esforçou para voltar e tentar rever a estrela.
Ele viajou quilômetros e ouviu muitos amigos falando o que não queria ouvir, mas não desistiu e a reencontrou! Eles conversaram, não muito, mas ficaram juntos por um tempo e perceberam que alguns assuntos já não eram os mesmos e a intimidade já não era tanta. Ainda assim, o cometa parecia ter cada vez mais certeza de que ela era a estrela mais brilhante que já havia conhecido! Ela ainda era incrível, ainda era singular e ainda se mantinha simpática como nenhuma outra estrela pela qual ele passou. Carregando o fardo do afastamento e o sentimento de culpa por isso, mas cheio de admiração, o cometa queria, agora, fazer diferente. Queria seguir com a estrelinha, contemplá-la sempre e fazer o que estivesse ao seu alcance para fazê-la, além de tudo de bom que tinha, a estrela mais feliz.
E aí, como o conto continua?
Por Samuel Reis.

Parabéns filho do ❤️
ResponderExcluir😍
ResponderExcluirNão suportando mais o decorrer do tempo e a angústia da solidão espacial, o jovem cometa se entrega em uma arriscada decisão de deixar tudo e todos para trás e ir em busca de sua amada estrelinha. Ao se aproximar dela o seus olhos brilhavam, a pressão subia e o seu corpo acelerava, num pulsante movimento de rotação ele a cortejava, uma doce e bela dança de valsa ao redor de sua amada, ele viu o seu brilho, ele viu a sua energia, ele entrou na órbita dela, e seu corpo ascendia, uma fração de segundos foi tempo necessário, para que o nosso jovem cometa a beijasse e fosse despedaçado.
ResponderExcluirOii Sa,
ResponderExcluirAmeeeei o conto!! Até tentei, mas está longe de mim criar algo com tanta singularidade e paixão como acabo de ler nestas entrelinhas.
To esperando então o próx capítulo :) bjao